segunda-feira, 3 de julho de 2017

Opinião #8: A família, Mário Puzo









Editora: Dom quixote
Ano publicação: 2002
Nº páginas:  446 páginas
Pontuação atribuída: 4 estrelas no Goodreads




Uma saga de ambição e sede de poder. Romance póstumo do autor de O Padrinho. A família agora chama-se Bórgia, estamos no renascimento, a Peste Negra abala a Europa, mas nas cidades as artes, as letras, a ciência conhecem um novo esplendor. Em Roma, Alexandre VI, o Bórgia, assume o papado, e com ele chega uma nova e faustosa etapa no poder papal. A corrupção contamina a Igreja. Os altos dignitários eclesiásticos visitam os bordéis e mantém várias amantes, aceitam subornos, vendem bulas.O retrato de uma época de fausto e decadência, de ambição e corrupção, de uma família (o Papa Bórgia e os seus filhos César, João, Lucrécia e Godofredo) que conquistou o mundo, mas que pagou um alto preço por isso.



Li este livro na sequência do projecto Historiquices da Elisa (A miúda Geek). Abril era o mês dedicado a Lucrécia Bórgia uma personalidade que me suscitava alguma curiosidade. Já foi tarde que me dei conta de que este livro de Mário Puzo era sobre a família Bórgia e de que, curiosamente, existia na biblioteca da minha cidade. Assim sendo, comecei esta leitura em Maio e terminei em Junho. É um livro complexo que merece que lhe seja dedicado algum tempo. Nota-se que tem por trás imensa pesquisa, imenso estudo. É um livro para ir lendo e saboreando aos poucos. 

Contextualiza-nos historicamente toda a época do Renascimento e dá-nos a conhecer os excessos do papado de Alexandre VI, o papa Bórgia. Fala-nos de conflitos de interesses, jogos políticos, casamentos de conveniência e "guerras" entre membros da mesma família. 

Nisto tudo, não consegui deixar de ver Lucrécia Bórgia com um mero peão no jogo movido pelo pai e pelos irmãos. Uma mulher que casou por diversas vezes. Casamentos combinados pelo pai, tendo por base interesses políticos sempre justificados pelo bem da igreja católica. 

O livro acaba por não ser todo ele dedicado a Lucrécia Bórgia. Pelo contrário, acabei por ficar com a sensação que dava maior relevo a César Bórgia e ao próprio papa Alexandre VI.  No entanto, gostei bastante do livro e conto ler outros livros do autor nomeadamente um dos mais conhecidos e afamados, O padrinho.  Sobre os Bórgia e, mais especificamente sobre Lucrécia vou, sem dúvida, procurar saber mais seja através de livros e/ou séries/filmes existentes. 

Sem comentários:

Enviar um comentário