quinta-feira, 23 de março de 2017

Downton abbey




Downton abbey é uma série britânica produzida para o canal ITV. Foi criada por Julian Fellowes e estreou em 2010 tendo terminado em 2015. Tem 6 temporadas e 52 episódios.

Esta série dá a conhecer os Crawley, uma família inglesa abastada que habita na zona do Yorkshire bem como, os seus criados e a forma como a vida gira em torno da propriedade familiar, Downton abbey.

A acção passa-se no início do século XX, durante o reinado de Jorge V abarcando vários acontecimentos históricos importantes como o naufrágio do Titanic, a 1ª Guerra Mundial e a Gripe espanhola. Também tem como enfoque principal as relações entre aristocratas e a sua criadagem focando de forma igual a vida de uns e de outros. Aborda também temas como, a emancipação feminina, a prostituição, a violação, a homossexualidade e os preconceitos raciais. 

Ao longo das temporadas vamos também acompanhando as dificuldades que os aristocratas têm em subsistir e as adaptações que os Crawley têm que fazer para conseguirem manter a sua propriedade e o seu estilo de vida.

Esta série é sobejamente conhecida e aclamada pelo grande público tendo recebido vários prémios. Comecei a vê-la há algum tempo atrás sendo que terminei ontem a 4ª temporada pelo que resolvi falar um pouco sobre ela.

Não tenho por hábito acompanhar séries de época. Julgo mesmo que está é a primeira que acompanho mas, assim sendo, que estreia! Tenho adorado acompanhar a vida destas personagens e, complementarmente, ter acesso a dados históricos e a toda a contextualização sócio-económica da época em que a acção de desenrola. 

É também fabuloso ver os espaços em que a acção ocorre. Grande parte das filmagens exteriores e algumas interiores, foi feita no Highclere Castle, em Hampshire. Mas as partes criadas em estúdios como seja toda a área da criadagem, também estão extremamente bem concebidas. 

Adoro a forma como a série nos vai dando a conhecer as alterações que vão ocorrendo no papel feminino. As mulheres começarem a conduzir, a interessarem-se por política e a terem um papel mais pró-activo nos negócios familiares em oposição ao papel mais submisso que nos é dado a conhecer no início da série. Aí as mulheres preocupam-se mais com aspectos sociais, com os casamentos que podem vir a conseguir fazer, com roupas, festas e convívios com a alta sociedade. 

O guarda-roupa está, na minha opinião, extremamente bem concebido. Tanto o dos aristocratas como o dos criados. Acaba por ser interessante a distinção entre ambos e também algumas alterações no vestuário que vão sendo introduzidas ao longos dos episódios. Foi marcante o episódio em que uma das irmãs Crawley veste umas calças para diversão de uns e constrangimento de outros. 

Violet é para mim uma personagem deliciosa. Marca o ponto de uma aristocracia inglesa bastante austera mas que, no final, não o é tanto assim. Acaba por ser uma capa que cobre a mulher bondosa e, em alguns aspectos, um pouco à frente do seu tempo, que no fundo é mas, não quer admitir. 

Deliciosos são também os diálogos entre Violet e Isobel bem com,o as picardias entre ambas que, na globalidade, vêem crescer entre elas uma imensa e surpreendente amizade.

Destaco também Mary. Uma jovem que inicialmente, vê o seu futuro ser definido por toda a família com vista a ter um casamento socialmente conveniente  mas que, acaba por se apaixonar e viver uma história de amor pautada também por alguns constrangimentos. É interessante de ver a forma como consegue dar a volta e tornar-se em alguém empenhada em vingar, em ser feliz e em conseguir ajudar o pai nos negócios familiares.

Em termos de personagens masculinas destaco Matthew Crawley um jovem bondoso e determinado e Tom Branson. Este último, ao viver um grande e proibido amor, dá por si a entrar para um novo mundo no qual teima em integrar-se.

Aconselho muitíssimo esta série e espero terminá-la em breve até porque, tenho lido em alguns sítios que se fala em transpo-la para o cinema.

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